Três minutos de arte.
Um cigarro a consumir o tédio, O tecto a pedir mais chuva para poder cair, O Sol escondido e a brilhar para o outro hemisfério. Estás de férias, acordas. Hoje está a chover, Consome a poesia, Lê-me, lê-nos. Brinda. Brindemos. Em três, Passagens intemporais. De poetas Que eu não sou. Que eu serei. Jamais pensarei No mundo, Ignorância de cantar. Serei um ignorante, feliz e incosciente. Serei a pobre ceifeira, Serei feliz. Sou feliz. Em três minutos sou o ser mais feliz do planeta. A felicidade em plenitude, eu abraço-a Um banho chama por mim. Uma água benta das nuvens. Ruma à vida, eu vagueio. Rumo à vida, eu penso. Chuva: hoje estás molhada. Até já chuva, Até já chuva, Até já chuva!