Eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu
Viagem imperfeita.
Caminhos vagos.
Vácuo do Inferno.
Caderno.
As tuas palavras
Cegam os meus olhos
Todos os meus desejos
São amores sem fim
De lagos de sorte
Onde a morte
É um início para mim
Acreditei o tempo
Corrompo
Todos os princípios
De todos os precipícios
Salto à primeira chamada
Porque esta é a minha chegada
De mãos no ar
Sem fôlego para respirar
Desejo o que estou para desejar
Vejo o que estou para ver
Digo o que estou para dizer
Lembro-me que é o dia para começar
Os dias assinam o fim
De páginas em branco
De tanto em pouco
Ventos em poupa
Tanques a lavar a roupa
Toda a louça a partir
Como a minha mãe a parir
De hoje em diante
Eu não vou avante
Carrego políticas
De sorte, estáticas
Morra Dante
A fome é um soluço
E eu aumento o preço
Do meu desejo ardente
Que antevejo a poente
Nunca acreditei em nada
Nunca vesti Prada
Estou assim, entre a lama e o nada
O prazer é coisa nenhuma que é igual a nada
Dias passam afim de mim
Os dias são nada
Eu sou nada
A poesia é nada
Nunca li um poema
Nunca estive num dilema
Nunca recebi um telefonema
Nunca tive eczema
Nunca fui coisa nenhuma
Nunca sofri de coisa alguma
Sou todos os desejos do mundo
Sou todas as paixões reduzidas ao segundo
Vejo, das janelas do meu quarto,
Todo o mundo
Sinto todas as realidades
Tenho todas as idades
Profetizo todos os poemas
Canto todos esquemas
Sou todos os poetas
Vivo todos os dilemas
Repetição do absurdo, eu sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu.
Caminhos vagos.
Vácuo do Inferno.
Caderno.
As tuas palavras
Cegam os meus olhos
Todos os meus desejos
São amores sem fim
De lagos de sorte
Onde a morte
É um início para mim
Acreditei o tempo
Corrompo
Todos os princípios
De todos os precipícios
Salto à primeira chamada
Porque esta é a minha chegada
De mãos no ar
Sem fôlego para respirar
Desejo o que estou para desejar
Vejo o que estou para ver
Digo o que estou para dizer
Lembro-me que é o dia para começar
Os dias assinam o fim
De páginas em branco
De tanto em pouco
Ventos em poupa
Tanques a lavar a roupa
Toda a louça a partir
Como a minha mãe a parir
De hoje em diante
Eu não vou avante
Carrego políticas
De sorte, estáticas
Morra Dante
A fome é um soluço
E eu aumento o preço
Do meu desejo ardente
Que antevejo a poente
Nunca acreditei em nada
Nunca vesti Prada
Estou assim, entre a lama e o nada
O prazer é coisa nenhuma que é igual a nada
Dias passam afim de mim
Os dias são nada
Eu sou nada
A poesia é nada
Nunca li um poema
Nunca estive num dilema
Nunca recebi um telefonema
Nunca tive eczema
Nunca fui coisa nenhuma
Nunca sofri de coisa alguma
Sou todos os desejos do mundo
Sou todas as paixões reduzidas ao segundo
Vejo, das janelas do meu quarto,
Todo o mundo
Sinto todas as realidades
Tenho todas as idades
Profetizo todos os poemas
Canto todos esquemas
Sou todos os poetas
Vivo todos os dilemas
Repetição do absurdo, eu sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu e sou só eu.
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