A liberdade dum poeta.
Que as ruas se encham de poetas
Poetas que trabalham
E poetas sem ofício
Porque há que fazer sacrifício!
É indigno
Um poeta ter que procurar emprego
Seja flora intestinal ou brincadeira do destino
Que o poeta saia ileso
Há quem dite as leis
Que para todos os bordéis
Hajam papeis
Para os magos e Reis
Um poeta é poeta
E não lhe é digno o desemprego
Porque ouro não é dinheiro
E se poesia não vale ouro, Jesus Cristo não foi Profeta
Que todas as palavras façam greve
Para que os humanos sintam de leve
Que é grave.
Um poeta só escreve
Não é digno quererem
Que o poeta suje as mãos
Já sujas de tinta
Enquanto uns dormem
Venham para as ruas os poetas
Porque é tempo de trabalhar
Deixar as rimas
Porque há contas a pagar
Há que pagar casa
E ter emprego
Para comer na brasa
E dormir em sossego
Amigos são amigos
E a amizade ainda não vale dinheiro
Ainda que sorrisos
Não me encham o mealheiro
Eu prefiro ter um amigo
A viver sozinho
Faço pernas ao caminho
E vou arranjar emprego
Poetas que trabalham
E poetas sem ofício
Porque há que fazer sacrifício!
É indigno
Um poeta ter que procurar emprego
Seja flora intestinal ou brincadeira do destino
Que o poeta saia ileso
Há quem dite as leis
Que para todos os bordéis
Hajam papeis
Para os magos e Reis
Um poeta é poeta
E não lhe é digno o desemprego
Porque ouro não é dinheiro
E se poesia não vale ouro, Jesus Cristo não foi Profeta
Que todas as palavras façam greve
Para que os humanos sintam de leve
Que é grave.
Um poeta só escreve
Não é digno quererem
Que o poeta suje as mãos
Já sujas de tinta
Enquanto uns dormem
Venham para as ruas os poetas
Porque é tempo de trabalhar
Deixar as rimas
Porque há contas a pagar
Há que pagar casa
E ter emprego
Para comer na brasa
E dormir em sossego
Amigos são amigos
E a amizade ainda não vale dinheiro
Ainda que sorrisos
Não me encham o mealheiro
Eu prefiro ter um amigo
A viver sozinho
Faço pernas ao caminho
E vou arranjar emprego
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