Sento-me na poltrona do meu Ser e encaminhando a verdade dos dias, desenho o meu Ego. Sei o dia que me toca, o timbre de me ouvir pensar, escuto o meu sonho e pensamento como verdade absoluta, em que a única verdade é a de que não há verdade nenhuma. Nunca me preocupei muito em pensar alguma coisa, o meu Ser fá-lo por mim, algo presente para além do que nunca esteve, ganha vida o que nunca a teve – sonho a realidade, tenho peças dentro de mim. Absurdo, inconsciente libertado ao seu cume, assassina o dito Ser, para dar vida ao que é verdadeiro em mim. Sou mais lobo menos homem, mais outro menos eu. Eu sou eu e os outros, dentro de mim tenho-me a mim – ter-me, se é que realmente tenho alguma coisa, é ter os outros. Faço deles minhas marionetas e descubro-lhes um destino, não o deles, mas o que lhes quero dar. Putas transbordam beleza, são sinceras, são artistas – ser puta é ser artista entregando o corpo em desmazelo do mesmo e da emoção, focando-se no sentimento de ter dinheiro