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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

Ser Feliz.

Há um tempo para ser feliz, Eu sou. Eu vou ser. Eu continuo a devorar-me. Nada chega, o que chega, Nada diz o que diz, Nada penso. Sou feliz agora.

Prozac.

Coma artificial.

O Tácito.

Lábios eloquentes Desejos efémeros Desejos deprimentes Lábios eternos Paladar adormecido Sonho infame Sonho esvaecido Paladar arame Olhar singular Olhos desguarnecidos Olhos a abnegar Olhar inúmeros sentidos

Protrair o Futuro.

Memórias de alma, Apuros de quem finge, Sinto intelectualmente A inutilidade do sofrimento; E sou feliz por sofrer, Feliz por perder. Bem com a distância. A única forma de prolongar O pedaço de realidade É sonhando-a. Não sei quantas mais vezes vou cair, Estando em pé, erguido e seguro pela base, Se é que alguma vez cheguei a não estar. O amor é uma perdição E eu ganho por o ser. Ironia, desprezo e desmazelo De quem nunca foi realmente. Teci a minha teia e deixei-me enrolar por ela. Minto se pareço Sou feliz por sentir a liberdade. Fechei os olhos e parti: Sem dor e a sofrer.

Epígrafe.

Rasgo o vento Que me escorre na face. Vejo qualquer coisa além, Para onde não sei Desconstruo e desalinho Estar desalinhado é estar. Repetição do absurdo, Em surdina vejo. Dicionário de tentar existir. Solto e além do escrito estou. Não estou. Não penso. Estou sempre a pensar.

Branco.

Olhar desvanece no tempo Alento, intento o eu. Ornato de quem não é. O mundo circula. Corre. Estagna. Palavra, Chuva delas. Pensamento não pensado. Solto.

Sacrifício do Ser.

Sento-me na poltrona do meu Ser e encaminhando a verdade dos dias, desenho o meu Ego. Sei o dia que me toca, o timbre de me ouvir pensar, escuto o meu sonho e pensamento como verdade absoluta, em que a única verdade é a de que não há verdade nenhuma. Nunca me preocupei muito em pensar alguma coisa, o meu Ser fá-lo por mim, algo presente para além do que nunca esteve, ganha vida o que nunca a teve – sonho a realidade, tenho peças dentro de mim. Absurdo, inconsciente libertado ao seu cume, assassina o dito Ser, para dar vida ao que é verdadeiro em mim. Sou mais lobo menos homem, mais outro menos eu. Eu sou eu e os outros, dentro de mim tenho-me a mim – ter-me, se é que realmente tenho alguma coisa, é ter os outros. Faço deles minhas marionetas e descubro-lhes um destino, não o deles, mas o que lhes quero dar. Putas transbordam beleza, são sinceras, são artistas – ser puta é ser artista entregando o corpo em desmazelo do mesmo e da emoção, focando-se no sentimento de ter dinheiro