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A mostrar mensagens de janeiro, 2012
As paredes são areia movediça, os meus desejos são o absurdo, as minhas barreiras são todos os medos do mundo. A segurança é para os fracos. Saltei de cabeça. Vou tomar banho. Fazes-me falta.

Sinto uma dor e choro

Rasguei o teu ventre com palavras gastas. O sono cessou a vontade de dormir, Expressão é uma indulgência Demência Dói-me a racionalidade Sinto no pré-frontal Toda a cultura pelos Erros cartesianos Arranjo estético Dois cumprimentos Pela falta de ética Estou vencido pelo cansaço Estou vencido pela falta. Estou cansado. Estou cansado. Os meus olhos morreram naquele momento As palavras foram gastas Estou cansado. Estou cansado. Pudesse eu compreender Todas as coisas do mundo Sem ter que as sentir Pudesse eu deitar-me à beira-mar E ver o vento com o tacto Expresso tudo o que está para haver Entre mim e o absurdo Para não ser nada Ninguém Nem coisa nenhuma Matar todos os chocolates Com a carência Matar todas as carências Com água e da benta Acordar dois dias depois e já não sentir nada Ter dificuldade em compreender o normal andamento das coisas Porque sinto e sentir de forma hiperbólica É uma patologia condenável e um acto insaciável Morro na

Hoje

As palavras ameaçaram. Morderam-me os lábios. Respiraram todo o meu respeito. As palavras cansaram-me o tédio. As palavras sorriram-me nos lábios. As palavras acordaram. Hoje. Lembrei-me. Amo-te.

Fecha os olhos, és linda.

Quando as palavras não me saem, fecho os olhos, respiro fundo e construo a realidade. Coloco à minha direita  todas as canetas do mundo, à minha esquerda folhas em branco e no centro flores. Quando eu pinto realidades com os olhos, quando as tuas chamadas caiem no vazio do meu telemóvel, eu lembro-me que te amo. Mensagens vagueiam e eu não as abro. Este amor impossível que nos separa, pela sede de te ver vencer. Meu amor, fecha os olhos. A melhor coisa que me pode acontecer, é receber uma mensagem tua, é saber que estás bem. Gosto de passear na baixa, gosto de saber que andas a rasgar o mundo com os teus olhos. Dá-me as mãos, vou mostrar-te o mundo: Olha para o globo! Hoje parece quadrado. Estás a ver isto aqui? Esta coisa redonda? O mundo não é nada disto! O mundo é bem mais simples que qualquer representação esférica do Planeta! Esquece isto. Não há nada de interessante que eu tenha para te dizer sobre o mundo. Descobre-o pelos teus olhos. Eu estou aqui ao teu lado, quero ver-te cres

Eu e eu e eu e eu e eu e eu e eu

Viagem imperfeita. Caminhos vagos. Vácuo do Inferno. Caderno. As tuas palavras Cegam os meus olhos Todos os meus desejos São amores sem fim De lagos de sorte Onde a morte É um início para mim Acreditei o tempo Corrompo Todos os princípios De todos os precipícios Salto à primeira chamada Porque esta é a minha chegada De mãos no ar Sem fôlego para respirar Desejo o que estou para desejar Vejo o que estou para ver Digo o que estou para dizer Lembro-me que é o dia para começar Os dias assinam o fim De páginas em branco De tanto em pouco Ventos em poupa Tanques a lavar a roupa Toda a louça a partir Como a minha mãe  a parir De hoje em diante Eu não vou avante Carrego políticas De sorte, estáticas Morra Dante A fome é um soluço E eu aumento o preço Do meu desejo ardente Que antevejo a poente Nunca acreditei em nada Nunca vesti Prada Estou assim, entre a lama e o nada O prazer é coisa nenhuma que é igual a nada Dias passam afim de mim Os dias são nada Eu sou nada A poesia é nada Nunca li