Excesso (da falta) de lucidez.

Olho o mundo e vejo-o como se algo que penso dele, se torna realidade à medida que o vou pensando, numa espécie de esquizofrenia que gira em torno de uma personagem real.
O palco dessa personagem é criado, tudo em torno dela. Já nada é sustentável, não sei se excesso ou falta de lucidez, sei que me dói pensar, me dói ver, me dói saber se ou não é fruto da minha imaginação. Vou pensando e a única opção que se mantém, entre as lágrimas, viável, é a do suicídio, como forma de pôr fim à doença de ver no mundo o que (não) há nele. Como forma de não arrastar mais ninguém comigo neste embalo que (não) é o que é.
Há uma enorme dificuldade em reconhecer o que (não) é real e de aceitar o facto de tudo ser real e não querer a realidade do que me cerca.
A opção mais viável é a do suicídio, falta-me a coragem. Olho para a agradável sensação de ver sangue correr-me o pulso e fujo ao facto de querer perfurar e tê-lo a jorrar fora de mim, pondo fim a qualquer sinal vital que há em mim.

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