Hoje sou tulipas,
Sou absinto,
Sou labirinto
Sou ópio.
Sou eu próprio!

Ser ou não ser, eis a questão
Não sei se cão
Se outra coisa qualquer
Se homem, se mulher
Se Deus, se Lúcifer

Sou eu e eu apenas.
O eu cansou-se de ser outro.

Outrora Reis e rainhas,
Agora proletariado e amores sem fim
Porque não sei se para mim
Chega a existir alguma coisa
Que não seja coisa nenhuma
Quantas coisas são alguma

Percepção e realidade
Mentira e verdade
Eu minto. Minto.

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