Um cigarro de prata.

Um cigarro de prata caminhava na boca de um poeta. O poeta ao sair de casa dera de caras com o tédio e a alegria. O poeta caminhava sob a égide de um poema.
Tinha oitenta e seis poemas para oferecer ao seu primeiro colo que por estranho que possa parecer viria a ser o último deste. O poeta abraçava a glória por não poder conhecer mais coisa nenhuma.

Na primeira parte do dia, o poeta estava acordado para ver o dia nascer. Às sete da manhã deitava-se. Hora em que toda a gente acordava. A rotina nunca fora a sua melhor amiga.
No caminho para casa, o poeta encontrara outro poeta e agora tinha companhia na sua poesia. Que por vezes se fundia de duas numa só.

O cansaço abraçava o segundo poeta. O segundo poeta era mais impulsivo e louco que o primeiro. Dormia dois dias e passava um inteiro acordado. Não sei se por ser louco ou para fazer render o tempo. Era também narcisista, pensava em si a toda a hora e via-se em todo o lado. Muito egocêntrico, mas feliz assim.

O primeiro poeta dormia cinco horas por dia e partia inteiramente para a magia do dia.


Os poetas eram agora um só.

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