O Amor é Poesia.

Amar como quem ama o vento,
Amar como quem ama a tempestade,
Amar como quem ama a velha idade,
Amar como quem ama um rebento.

O amor é um conceito artístico,
O amor move a arte, vontades;
O amor é um jogo de interesses:
Não dos que eu tenho,
Dos que eu gostava que tivesses.

O amor é acomodar-se à conceptualização
Dele mesmo; Para assim mover montanhas.
O amor pode ser beijar como pessoas estranhas,
Pode ser sensação, emoção,
Ou falta delas.
Há em mim uma tempestade poética:
Que cruza a linha do absurdo com a ética.
Construo um poema sem estética,
É a emoção pragmática.

Circulos convexos,
Como universos disconexos
Sobre uma utopia do eu,
Não do meu, do teu.

Palavras tempestuosas
Que desconstróiem a acção,
Que mostram a liberdade.
O livre-arbítrio não existe,
Com ou sem Erasmo de Roterdão.
É uma questão
De conceitos. A liberdade, se existe,
Não se faz de conceitos.

Eu penso um poema,
Eu penso uma pessoa,
Eu construo o mundo.
Eu escrevo o mundo.

A imagem é a semelhança de Deus,
Deus, se existe, está em mim.
Nada mais há para além dum pensamento.

Deus virou as costas ao mundo.


Eu penso, eu delibero.
Eu eugenizo o mundo.

Não sei o que pensar,
Penso eu mesmo!
Palavras e letras.
Letras e palavras,
Ai! Como eu estou farto delas.
Como eu estou cansado delas.

Dói-me a alma. Mas ela já não está cá.

Foi com Deus.

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